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Um novo mar

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Caros leitores, a partir de hoje eu quero convidar vocês para uma mudança de rota por aqui. Durante alguns meses ocupei este privilegiado espaço para falar sobre o transformador universo da paternidade. Confesso que foi uma experiência intensa.

Escrever sobre qualquer tema exige entrega. Mas escrever sobre algo tão particular, exige que você esteja disposto a se ver do avesso. Em meio às palavras, é preciso revirar-se. Trata-se de um movimento constante de encontro e desencontro consigo mesmo. Nada diferente da própria vivência paterna.

Assim como tudo que eu me relaciono na vida, posso dizer que tecer estes artigos me gerou muitos aprendizados. O principal, foi entender a importância de estar - ainda - mais atento a cada instante que vivo com a minha filha. Se tomarmos por base a vida de um adulto, parece que acontecimentos interessantes ocorrem lá de vez em quando. Em meio a tantas atribuições da vida contemporânea, vivemos mais cumprindo rotina do que qualquer outra coisa. Mas quando você passa a acompanhar de perto o crescimento de uma criança, percebe que coisas extraordinárias acontecem todos os dias.

O primeiro dente que ameaça a cair, o primeiro passeio sozinha em um caiaque - para orgulho do papai -, a descoberta de que as árvores se alimentam de chuva e sol, o ato de colocar o cinto de segurança do carro sem ajuda de ninguém, as novas palavras no vocabulário (...).  Estes foram só alguns dos aprendizados da última semana.

Com os filhos, a gente acaba realizando uma linda imersão na própria infância, rememorando instantes mágicos que viveu. Paralelo a isso, vai criando uma fortaleza de memórias afetivas, tornando mais seguro o castelo de emoções que eles edificam para si. Aqui vale uma alerta, se você não estiver atento, perderá momentos preciosos. Aquela história de que os filhos crescem rápido é verdade.

Assim como é verdadeira a afirmação de que a vida passa rápido demais. Cinco anos se passaram voando, posso afirmar. Vale lembrar, também, que o tempo não volta atrás. Foi consciente disso, inclusive, que eu mudei os meus planos profissionais há cerca de quatro anos. Deixei a seleção para estar perto da minha filha. Um sacrifício que se tornou ínfimo diante de cada sorriso dela. Vai parecer clichê, mas não há dinheiro no mundo que pague por essas vivências. Assim, ao me despedir desta temática na minha coluna, gostaria de sugerir uma última reflexão aos papais: estejam perto, estejam presentes, sejam o melhor presente que os seus filhos podem receber.

Na próxima quinzena estarei de volta, em um novo mar. Navegarei em uma temática um tanto quanto familiar, devo admitir. Vou colocar em prática um projeto antigo, inaugurando, aqui no  Diário, uma série autobiográfica sobre as minhas vivências no esporte. Foram 15 anos de remadas mundo afora, por 26 países, que culminaram na tão sonhada participação olímpica em 2016. Situações adversas e cômicas, vitórias, derrotas, aprendizados e muito mais. Ao contar a minha história, falarei também sobre o esporte santa-mariense e do orgulho que sempre carreguei em representar a minha cidade. Até logo!


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